100 dias de greve em defesa da vida

Escola aberta sem segurança sanitária é um risco para todos!

20 maio 2021, 18:20 Tempo de leitura: 2 minutos, 18 segundos
100 dias de greve em defesa da vida

Os profissionais de educação completam hoje (20/5) 100 dias de greve sanitária e pela vida. Uma greve que protege a vida da comunidade escolar e também de toda sociedade. Ao longo desse período, a prefeitura se nega a negociar saídas para o movimento e insiste na manutenção das aulas presenciais mesmo diante de tantas mortes e contaminações e sem a vacinação de todos os (as) profissionais da educação. 

A prefeitura de São Paulo insiste que se referencia na ciência em contraposição ao negacionismo do governo Bolsonaro, mas no que tange a volta às aulas existem muitas semelhanças. A despeito da ciência, a secretaria municipal de educação executa medidas de volta às aulas presenciais, não garante a reforma dos locais de ensino e nem condições para que todos possam ver aulas remotas.

A bancada e os mandatos dos vereadores e vereadoras do PSOL em São Paulo desde o início da pandemia tem apoiado a luta dos profissionais da educação pela vida. Apresentou emenda, rejeitada pela bancada do governo municipal na Câmara Municipal, para garantir a vacinação dos profissionais da educação como prioridade na cidade de São Paulo.

Volta às aulas presenciais com segurança e vacinação é uma política de defesa da vida de toda a sociedade. A política de vacinação dos profissionais da educação não trata apenas sobre os profissionais da área, mas tem a ver com a cidade inteira. Escola aberta sem segurança sanitária é um risco para todos.

A política de escolas abertas sem vacinação foi responsável pela contaminação de ao menos 5 mil pessoas e a morte de 39  pessoas em todo o estado de São Paulo, segundo dados da Secretaria Estadual.  Os números, segundo entidades da educação, seriam ainda maiores. Levantamento da Apeoesp aponta ao menos 89 mortes de profissionais da educação e estudantes desde a volta das aulas presenciais. 

A Secretaria Municipal de Educação sequer conhece a situação da pandemia na rede municipal de ensino. O Secretário de Educação, Fernando Padula, ao ser indagado em reunião da comissão de educação da Câmara, não soube informar a quantidade de mortos e contaminados. 

O governo estadual anunciou que pretende vacinar todos os profissionais da educação até junho. A medida é meritória e fruto da luta dos profissionais da educação, mas atrasada e a volta às aulas só devem acontecer quando esse processo for concluído, pois a imunização é a principal forma de garantir condições para a volta às aulas presenciais com segurança para todos e todas.