Mais pobres, pretos e periféricos são esquecidos pelas empresas de internet em São Paulo

PL das Antenas, que olha para o assunto, pode ser votado hoje sem garantias de um sinal de qualidade pra todos

12 jul 2021, 13:08 Tempo de leitura: 1 minuto, 23 segundos
Mais pobres, pretos e periféricos são esquecidos pelas empresas de internet em São Paulo

Com o 5G se aproximando, São Paulo precisa começar a se adequar para receber a tecnologia. E uma das principais mudanças exigidas é a instalação de mais antenas para a transmissão de sinais.

Funciona assim: pra internet (ou chamada telefônica) chegar até o seu celular ela precisa de antenas próximas ao aparelho, então quanto mais antenas uma região tiver, mais rápida e estável será a conexão. Mas só as regiões mais ricas têm essa estrutura, aumentando a desigualdade e o racismo estrutural.

Pretos e pardos vivem em distritos mais distantes do centro. Nessas regiões, o sinal de celular e internet é mais fraco, e em alguns bairros quase não chega. E isso acontece porque as periferias não têm antenas suficientes para atender à população. Ou seja, quanto mais distante do centro, menor e pior é a cobertura de sinal.

O Projeto de Lei das Antenas (PL 347/2021), que olha para esse assunto e está em tramitação na Câmara Municipal, pode ajudar a reparar as desigualdades de cobertura e garantir acesso ao sinal de celular e de internet de qualidade para todos.

A proposta enviada pelo prefeito Ricardo Nunes, no entanto, é absolutamente insuficiente para fazer frente aos desafios de conexão que a cidade enfrenta.

De olho nas implicações sociais, econômicas e políticas do assunto, o PSOL trabalha em um substitutivo para propor melhorias, e seguirá atualizando a população sobre a importância de rever o projeto – que pode ser votado hoje (12/7).

Acompanhe a discussão nas redes sociais da Bancada do PSOL na Câmara Municipal.