Câmara de São Paulo inicia atividades de 2022

Confira a participação da bancada do PSOL nas primeiras Sessões Plenárias do ano

3 fev 2022, 22:36 Tempo de leitura: 3 minutos, 13 segundos
Câmara de São Paulo inicia atividades de 2022

Foto: André Bueno / Rede Câmara

A Câmara Municipal de São Paulo deu inicio às atividades legislativas de 2022 com três Sessões Ordinárias na semana. Foram anunciadas novas medidas de combate à Covid-19, a obrigação de comprovante vacinal para todos os vereadores e definido o cronograma da eleição de membros das Comissões Parlamentares.

O presidente da Casa ainda comunicou que não há previsão para votação de Projetos de Lei dos vereadores ou do Executivo em fevereiro, mas que a apreciação de matérias e tramitação de projetos segue normalmente. Nas três sessões, de terça a quinta, os parlamentares foram liberados para discursar livremente. Confira a seguir as temáticas abordadas pela bancada do PSOL.

JUSTIÇA POR MOISE KABAMGABE

A bancada se pronunciou em nota: “É revoltante ler os depoimentos da família sobre o brutal assassinato do jovem Moise Kabamgabe. Ele foi espancado até a morte após cobrar seus dias trabalhados ao patrão. Que as investigações prossigam e os culpados sejam presos”.

Elaine Mineiro, covereadora da Mandata Ativista Quilombo Periférico, denunciou o racismo institucional na Câmara de São Paulo, que omite um pronunciamento público sobre a barbaridade sofrida pelo jovem negro.

EDUCAÇÃO

O vereador líder da bancada do PSOL, Toninho Vespoli, denunciou a falta de matrículas na educação infantil e cobrou respostas do secretário de educação. “Pra mim isso é um descaso e não dá pro secretário não dar nenhuma satisfação”, destaca o parlamentar.

Toninho também deu destaque ao aumento anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro para o magistério. “Eu acho uma cara de pau do Bolsonaro dizer que dará aumento para os profissionais da educação. Ele votou contra a lei que institui o aumento à categoria e agora diz que é presente”, diz o vereador.

CRISE HUMANITÁRIA

“Tem mais gente em situação de rua aqui na capital do que em muitos dos mais de 600 municípios do Estado de São Paulo”, aponta Celso Giannazi ao chamar a atenção da Câmara Municipal para a grave crise social que vivemos, com cerca de 32 mil pessoas vivendo nas ruas.

POLÍTICA HABITACIONAL

Para além das necessárias ações emergenciais, para socorrer as vítimas das fortes chuvas, São Paulo precisa de uma política habitacional séria! “Quem mora numa região precária, tá sofrendo a impossibilidade de morar com segurança”, defende a vereadora Luana Alves.

A desigualdade, o racismo ambiental, somados à falta de ações preventivas, são os verdadeiros culpados por tragédias causadas pelas chuvas. Veja aqui a denuncia da covereadora Silvia Ferraro da Bancada Feminista sobre as vítimas dos recentes deslizamentos na Grande SP.

REPÚDIO À FALA DO PRESIDENTE. FORA BOLSONARO!

Bolsonaro não se solidarizou com o povo baiano e agora vem à São Paulo pra dizer que as pessoas é que têm culpa por morar em áreas de risco. Ninguém quer viver nessas condições, os trabalhadores buscam essas áreas porque precisam! “Doria e Bolsonaro se merecem! Eles odeiam o povo, fazem chacota com a população. O que de fato está faltando mesmo são políticas sérias de habitação!”, aponta aqui o vereador Celso Giannazi.

Silvia Ferraro da Bancada Feminista também repudiou a fala do presidente. “Isso é uma afronta com as vítimas que morreram soterradas, elas não tinham outra alternativa de moradia”, aponta.

APOIO AOS COBRADORES

A SPTrans anunciou que pretende retirar os cobradores das linhas de ônibus, um verdadeiro ataque à categoria que é tão necessária pra garantir a segurança do transporte público. Em sua fala na sessão plenária desta quinta-feira, Luana Alves recebeu representantes da categoria em seu gabinete e defendeu a luta dos profissionais.