Bancada do PSOL critica vetos de Nunes ao texto do PDE

Prefeito de São Paulo vetou 3 artigos que visavam garantir moradia à população mais pobre da cidade

11 jul 2023, 13:19 Tempo de leitura: 1 minuto, 41 segundos
Bancada do PSOL critica vetos de Nunes ao texto do PDE

O prefeito Ricardo Nunes sancionou o novo PDE e conseguiu piorar o que já era  muito ruim. Foram vetados 3 artigos importantes do projeto, beneficiando ainda mais o mercado imobiliário e dificultando o acesso da população mais pobre ao direito à moradia digna. 

No texto aprovado pela Câmara Municipal, há a previsão de que uma construtora pode levantar empreendimentos de habitação de interesse social (HIS) e de mercado popular com a finalidade de alugar para população de baixa renda. 

Ricardo Nunes, no entanto, vetou o artigo que estabelecia que o máximo que as famílias poderiam pagar seria o equivalente a 25% da renda familiar. Na prática, o veto impede que o aluguel tenha um preço acessível a quem mais precisa. 

O prefeito também vetou artigo que previa que a prefeitura deveria oferecer um auxílio financeiro para que famílias de baixa renda pudessem alugar imóveis.

Por fim, no texto aprovado pelos vereadores, as construtoras deveriam mostrar de que maneira estavam construindo e se as construções para a população de baixa renda eram direcionadas para quem realmente deveria ir, ou seja, as famílias que ganham menos. Essa medida foi igualmente vetada por Nunes.

Para a bancada do PSOL, os vetos escancaram como a revisão do Plano Diretor Estratégico foi feita para beneficiar o mercado imobiliário. Os poucos avanços em relação à garantia de moradia digna para os mais pobres foram vetadas. 

O déficit habitacional na cidade, de acordo com a própria prefeitura, já passou de 370 mil moradias. Enquanto isso, Nunes veta pontos do PDE que poderiam minimizar essa situação dramática. 

Para a bancada do PSOL esses vetos demonstram o descaso do governo Nunes com o povo pobre de nossa cidade. Nosso partido irá acionar a Justiça para reverter os retrocessos contidos no novo PDE. É preciso seguir a luta por uma cidade menos desigual, por uma São Paulo para a maioria.